12 de nov. de 2011

Figuras de Linguagem(nº 2)

Questões:01. (VUNESP) No trecho: "...dão um jeito de mudar o mínimo para continuar mandando o máximo", a figura de linguagem presente é chamada:
a) metáfora
b) hipérbole
c) hipérbato
d) anáfora
e) antítese
02. (PUC - SP) Nos trechos: "O pavão é um arco-íris de plumas" e "...de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira..." enquanto procedimento estilístico, temos, respectivamente:
a) metáfora e polissíndeto;
b) comparação e repetição;
c) metonímia e aliteração;
d) hipérbole e metáfora;
e) anáfora e metáfora.
03. (PUC - SP) Nos trechos: "...nem um dos autores nacionais ou nacionalizados de oitenta pra lá faltava nas estantes do major" e "...o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja" encontramos, respectivamente, as seguintes figuras de linguagem:
a) prosopopéia e hipérbole;
b) hipérbole e metonímia;
c) perífrase e hipérbole;
d) metonímia e eufemismo;
e) metonímia e prosopopéia.
04. (VUNESP) Na frase: "O pessoal estão exagerando, me disse ontem um camelô", encontramos a
figura de linguagem chamada:
a) silepse de pessoa
b) elipse
c) anacoluto
d) hipérbole
e) silepse de número
05. (ITA) Em qual das opções há erro de identificação das figuras?
a) "Um dia hei de ir embora / Adormecer no derradeiro sono." (eufemismo)
b) "A neblina, roçando o chão, cicia, em prece. (prosopopéia)
c) Já não são tão freqüentes os passeios noturnos na violenta Rio de Janeiro. (silepse de número)
d) "E fria, fluente, frouxa claridade / Flutua..." (aliteração)
e) "Oh sonora audição colorida do aroma." (sinestesia)
06. (UM - SP) Indique a alternativa em que haja uma concordância realizada por silepse:
a) Os irmãos de Teresa, os pais de Júlio e nós, habitantes desta pacata região, precisaremos de muita força para sobreviver.
b) Poderão existir inúmeros problemas conosco devido às opiniões dadas neste relatório.
c) Os adultos somos bem mais prudentes que os jovens no combate às dificuldades.
d) Dar-lhe-emos novas oportunidades de trabalho para que você obtenha resultados mais satisfatórios.
e) Haveremos de conseguir os medicamentos necessários para a cura desse vírus insubordinável a qualquer tratamento.
07. (FEI) Assinalar a alternativa correta, correspondente à figuras de linguagem, presentes nos fragmentos abaixo:
I. "Não te esqueças daquele amor ardente que já nos olhos meus tão puro viste."
II. "A moral legisla para o homem; o direito para o cidadão."
III. "A maioria concordava nos pontos essenciais; nos pormenores porém, discordavam."
IV. "Isaac a vinte passos, divisando o vulto de um, pára, ergues a mão em viseira, firma os olhos."
a) anacoluto, hipérbato, hipálage, pleonasmo;
b) hipérbato, zeugma, silepse, assíndeto;
c) anáfora, polissíndeto, elipse, hipérbato;
d) pleonasmo, anacoluto, catacrese, eufemismo;
e) hipálage, silepse, polissíndeto, zeugma.
08. (FEBA - SP) Assinale a alternativa em que ocorre aliteração:
a) "Água de fonte .......... água de oceano ............. água de pranto. (Manuel Bandeira)
b) "A gente almoça e se coça e se roça e só se vicia." (Chico Buarque)
c) "Ouço o tique-taque do relógio: apresso-me então." (Clarice Lispector)
d) "Minha vida é uma colcha de retalhos, todos da mesma cor." (Mário Quintana)
e) N.d.a.
09. (CESGRANRIO) Na frase "O fio da idéia cresceu, engrossou e partiu-se" ocorre processo de gradação. Não há gradação em:
a) O carro arrancou, ganhou velocidade e capotou.
b) O avião decolou, ganhou altura e caiu.
c) O balão inflou, começou a subir e apagou.
d) A inspiração surgiu, tomou conta de sua mente e frustrou-se.
e) João pegou de um livro, ouviu um disco e saiu.
10. (FATEC) "Seus óculos eram imperiosos." Assinale a alternativa em que aparece a mesma figura de linguagem que há na frase acima:
a) "As cidades vinham surgindo na ponte dos nomes."
b) "Nasci na sala do 3° ano."
c) "O bonde passa cheio de pernas."
d) "O meu amor, paralisado, pula."
e) "Não serei o poeta de um mundo caduco."

GABARITO:
01. E 02. A 03. E 04. E
05. C 06. C 07. B 08. B
09. E 10.C

Vícios de Linguagem


Sobre os vícios de linguagem, relacione a segunda coluna com a primeira:
(A) barbarismo;
(B) solecismo;
(C) cacófato;
(D) redundância;
(E) ambigüidade.
(  ) É admirável a fé de meu tio;
(  ) Não teve dó: decapitou a cabeça do condenado;
(  ) Faziam anos que não morriam pessoas;
(  ) Coitado do burro do meu irmão! Morreu.
(  ) Intervi na briga por que sou intimerato.
A sequência correta, é:
A) 
D – C – A – B – E;
B) 
B – E – D – A – C;
C) 
C – D – B – E – A;
D) 
A – B – E – C – D;
E) 
E – A – C – B – D;

Discurso,semântica e interpretação

Questões:
01.  (PUC - SP) Leia o período: "Vais encontrar o mundo, disse-me meu pai, à porta do Ateneu."   
 Considerando a possibilidade de várias organizações sintáticas para os períodos compostos, assinale a alternativa em que não há alteração de sentido em relação ao período acima indicado:
a) Meu pai disse-me, à porta do Ateneu, que lá eu encontraria o mundo.
b) À porta do Ateneu, meu pai disse-me que lá eu teria de encontrar o mundo.
c) Disse-me meu pai, à porta do Ateneu, que somente lá eu encontraria o mundo.
d) Quando chegamos à porta do Ateneu, meu pai disse-me que lá eu precisaria encontrar o mundo.
e) Ao chegarmos à porta do Ateneu, meu pai orientou-me para que lá eu encontrasse o mundo.
02. (FATEC)
"Ela insistiu:
- Me dá esse papel aí."
Na transposição da fala da personagem para o discurso indireto, a alternativa correta é:
a) Ela insistiu que desse aquele papel aí.
b) Ela insistiu em que me desse aquele papel ali.
c) Ela insistiu em que me desse aquele papel aí.
d) Ela insistiu por que lhe desse este papel aí.
e) Ela insistiu em que lhe desse aquele papel ali.
03.  (FUVEST) A narração dos acontecimentos com que o leitor se defronta no romance Dom Casmurro, de Machado de Assis, se faz em primeira pessoa, portanto, do ponto de vista da personagem Bentinho. Seria, pois, correto dizer que ela se apresenta:
a) fiel aos fatos e perfeitamente adequada à realidade;
b) viciada pela perspectiva unilateral assumida pelo narrador;
c) perturbada pela interferência de Capitu que acaba por guiar o narrador;
d) isenta de quaisquer formas de interferência, pois visa à verdade;
e) indecisa entre o relato dos fatos e a impossibilidade de ordená-los.
04. (ITA) Assinale a alternativa que melhor complete o seguinte trecho:
No plano expressivo, a força da ____________ em _____________ provém essencialmente de sua capacidade de _____________ o episódio, fazendo ______________ da situação a personagem, tornando-a viva para o ouvinte, à maneira de uma cena de teatro __________ o narrador desempenha a mera função de indicador de falas.
a) narração - discurso indireto - enfatizar - ressurgir - onde;
b) narração - discurso onisciente - vivificar - demonstrar-se - donde;
c) narração - discurso direto - atualizar - emergir - em que;
d) narração - discurso indireto livre - humanizar - imergir - na qual;
e) dissertação - discurso direto e indireto - dinamizar - protagonizar - em que.
05. (FUVEST) "Palmeiras perde o jogo e cabeça na Argentina." (O Estado de São Paulo, 31/03/94)
 A alternativa em que o efeito expressivo decorre do mesmo expediente sintático e semântico observado acima é:
a) Foste aí pela estrada da vida, manquejando da perna e do amor.
b) Maria Luísa disse que era nervosa e mulher.
c) "(...) como quem se retira tarde do espetáculo. Tarde e aborrecido."
d) "O rato! o rato!" exclamou a moça afastando-se.
e) Peço-lhe desculpar-me e que não mencione mais esse fato.
06. (ESAN) "Impossível dar cabo daquela praga. Estirou os olhos pela campina, achou-se isolado. 
Sozinho num mundo coberto de penas, de aves que iam comê-lo. Pensou na mulher e suspirou.
Coitada de Sinhá Vitória, novamente nos descampados, transportando o baú de folha."
O narrador desse texto mistura-se de tal forma à personagem que dá a impressão de que há diferença entre eles. A personagem fala misturada à narração. Esse discurso é chamado:
a) discurso indireto livre
b) discurso direto
c) discurso indireto
d) discurso implícito
e) discurso explícito
07. (UFV) Considere o texto:
 "O incidente que se vai narrar, e de que Antares foi teatro na sexta-feira 13 de dezembro do ano de 1963, tornou essa localidade conhecida e de certo modo famosa da noite para o dia. (...) Bem, mas não convém antecipar fatos nem ditos. Melhor será contar primeiro, de maneira tão sucinta e imparcial quanto possível, a história de Antares e de seus habitantes, para que se possa ter uma idéia mais clara do palco, do cenário e principalmente da personagens principais, bem como da comparsaria, desse drama talvez inédito nos anais da espécie humana." (Érico Veríssimo)
Assinale a alternativa que evidencia o papel do narrador no fragmento acima:
a) O narrador tem senso prático, utilitário e quer transmitir uma experiência pessoal.
b) É um narrador introspectivo, que relata experiências que aconteceram no passado, em 1963.
c) Em atitude semelhante à de um jornalista ou de um espectador, escreve para narrar o que aconteceu com x ou y em tal lugar ou tal hora.
d) Fala de maneira exemplar ao leitor, porque considera sua visão a mais correta.
e) É um narrador neutro, que não deixa o leitor perceber sua presença.
08. (UFV) Leia o trecho abaixo:
 "Bem, é verdade que também eu não tenho piedade do meu personagem principal, a nordestina: é um relato que desejo frio. (...) Não se trata apenas da narrativa, é antes de tudo vida primária que respira, respira, respira. (...) Como a nordestina, ha milhares de moças espalhadas por cortiços, vagas de cama num quarto, atrás de balcões trabalhando até a estafa. Não notam sequer que são facilmente substituíveis e que tanto existiriam como não existiriam." (Clarice Lispector)
Em uma das alternativas abaixo, há um aspecto do livro de Clarice Lispector, A Hora da Estrela, presente no fragmento acima, que o aproxima do chamado "romance de 30", realizado por escritores como Graciliano Ramos e Rachel de Queiroz:
a) A preocupação excessiva com o próprio ato de narrar.
b) O intimismo da narrativa, que ignora os problemas sociais de seus personagens.
c) A construção de personagens que têm sua condição humana degradada por culpa do meio e da opressão.
d) A necessidade de provar que as ações humanas resultam do meio, da raça e do momento.
e) A busca de traços peculiares da Região Nordeste.
09. (FAC. SERRA DOS ÓRGÃOS) A forma verbal que não alteraria o aspecto de durabilidade no passado expresso pela locução grifada neste enunciado do texto - "Tão comodamente que eu estava lendo..." -
Está indicada na opção:
a) lera
b) lia
c) leio
d) leria
e) li
10. (UNIFENAS) Com base no texto abaixo, indique a alternativa cujo elemento estruturador da narrativa não foi interposto no episódio:
"Porque não quis pagar uma garrafa de cerveja, Pedro da Silva, pedreiro, de trinta anos, residente na rua Xavier, 25, Penha, matou ontem em Vigário Geral, o seu colega Joaquim de Oliveira."
a) o lugar
b) a época
c) as personagens
d) o fato
e) o modo

Resolução:
01. A
02. E
03. B
04. C
05. A
06. A
07. C
08. C
09. B

Discurso direto,indireto e indireto livre

Vozes  do  discurso.
 
Quando  lemos  um  texto, há  um narrador,  que  é  quem  conta  o  fato. Esse locutor ou narrador  pode  introduzir  outras  vozes  no  texto para auxiliar a narrativa.
 
Para  fazer  a introdução dessas outras  vozes no  texto, a voz  principal ou  privilegiada, o  narrador, usa o que  chamamos de  discurso. O  que  vem  a  ser discurso dentro  do  texto? Discurso  é  a forma  como as  falas são inseridas na narrativa.
 
O  discurso pode  ser  classificado  em: direto, indireto e indireto livre.
 
Discurso  direto: reproduz  fiel e literalmente algo  dito  por  alguém. Um  bom  exemplo  de discurso direto são as citações ou transcrições exatas  da  declaração de  alguém.
 
Primeira pessoa (eu, nós) – é  o  narrador  quem  fala,  usando aspas ou  travessões para  demarcar  que  está  reproduzindo  a fala de outra  pessoa.
 
Exemplo de discurso  direto: “Não  gosto disso” – disse a menina  em  tom zangado.
 
Discurso indireto: o narrador,  usando  suas  próprias  palavras, conta  o  que  foi  dito  por  outra  pessoa. Temos  então  uma  mistura  de vozes,  pois  as  falas dos  personagens passam  pela  elaboração  da fala do  narrador.
 
Terceira pessoa – ele(s), ela(s) – O  narrador só  usa  sua  própria voz, o  que foi  dito pela  personagem  passa pela elaboração do  narrador. Não  há  uma  pontuação específica que  marque  o  discurso  indireto.
 
Exemplo de discurso indireto: A menina  disse em  tom  zangado, que  não  gostava daquilo.
 
Discurso  indireto  livre:  É  um  discurso misto onde . Há  uma  maior  liberdade,  o  narrador  insere  a fala  do  personagem  de  forma  sutil,  sem  fazer uso  das  marcas  do  discurso  direto. È  necessário que  se  tenha  atenção  para não  confundir a fala  do  narrador  com  a fala  do  personagem,  pois  esta surge  de repente em  meio  a fala do  narrador.
 
Exemplo de discurso indireto  livre: A menina  perambulava pela  sala irritada e zangada. Eu  não gosto  disso! E parecia  que  ninguém  a  ouvia.
 
 
O  tempo  verbal  também  é  fator  determinante dos  discursos. O discurso indireto  estará  sempre no  passado  em  relação ao  discurso  direto.
 
Discurso  direto -  tempos  verbais
 
Presente  do  indicativo:  “Não  gosto disso” – diz a menina  em  tom zangado.  
Pretérito  perfeito  do  indicativo: “Não  gostei disso” – disse a menina  em  tom zangado.
Futuro  do  indicativo: “Não  gostarei disso” – disse a menina  em  tom zangado.
Imperativo: – Vista o  agasalho,  meu  filho.
 
Discurso Indireto – tempos verbais
 
Pretérito  imperfeito do indicativo: A menina afirmou  que  estava zangada.
Pretérito-mais-que-perfeito  do  indicativo: A menina  afirmou que  estivera  zangada (composto –  A menina  afirmou que tinha estado  zangada)
Futuro do  pretérito : A menina disse que  estaria zangada.
Pretérito  imperfeito  do  subjuntivo: A mãe  recomendou-lhe que vestisse  o agasalho.

10 de nov. de 2011

LISTA DE EXERCÍCIOS FIGURAS DE LINGUAGEM GABARITO



Cesgranrio – Leia os versos abaixo e responda:
1 – Vontade de beijar os olhos de minha pátria
De niná-la, de passar-lhe a mão pelos cabelos”.
2 – “Pátria, eu semente que nasci do vento
Eu que não vou e não venho, eu que permaneço”.
1) A partir dos exemplos 1 e 2, indique as respectivas figuras de linguagem:
a) prosopopéia – aliteração.
b) metáfora – gradação.
c) hipérbole – antítese.
d) aliteração – personificação.
e) metonímia – assíndeto.
2) Fei – Assinalar a alternativa correta, correspondente às figuras de linguagem, presentes nos fragmentos a seguir:
I. “Não te esqueças daquele amor ardente que já nos olhos meus tão puro viste.”
II. “A moral legisla para o homem; o direito, para o cidadão.”
III. “A maioria concordava nos pontos essenciais; nos pormenores porém, discordavam.”
IV. “Isaac a vinte passos, divisando a vulto de um, pára, ergue a mão em viseira, firma os olhos.”
a) anacoluto, hipérbato, hipálage, pleonasmo
b) hipérbato, zeugma, silepse, assíndeto
c) anáfora, polissíndeto, elipse, hipérbato
d) pleonasmo, anacoluto, catacrese, eufemismo
e) hipálage, silepse, polissíndeto, zeugma
3) Fei – Assinalar a alternativa que contém as figuras de linguagem correspondentes aos períodos a seguir:
I. “Está provado, quem espera nunca alcança”.
II. “Onde queres o lobo sou o irmão”.
III. Ele foi discriminado por sofrer de uma doença contagiosa muito falada atualmente.
IV. Ela quase morreu de tanto estudar para o vestibular.
a) ironia – antítese – eufemismo – hipérbole
b) eufemismo – ironia – hipérbole – antítese
c) antítese – hipérbole – ironia – eufemismo
d) hipérbole – eufemismo – antítese – ironia
e) ironia – hipérbole – eufemismo – antítese
PUC – Leia o poema abaixo e responda:
Ardor em firme coração nascido;
Pranto por belos olhos derramado;
Incêndio em mares de águas disfarçado;
Rio de neve em fogo convertido:
Tu, que em um peito abrasas escondido;
Tu, que em um rosto corres desatado;
Quando fogo, em cristais aprisionado;
Quando cristal em chamas derretido.
Se és fogo como passas bradamente,
Se és neve, como queimas com porfia?
Mas ai, que andou Amor em ti prudente!
Pois para temperar a tirania,
Como quis que aqui fosse a neve ardente,
Permitiu parecesse a chama fria.
4) No verso “Permitiu parecesse a chama fria.”, encontramos algumas figuras de linguagem. Uma delas é
a) o eufemismo.
b) o anacoluto.
c) o pleonasmo.
d) a elipse.
e) a anáfora.
5) Identifique as figuras de linguagem empregadas nas seguintes frases:
a) Esses livros, eu já os comprei.
b) O cheiro doce e verde do capim traziam recordações da fazenda. 
c) O vento varreu o vale. 
d) Ouviu-se um estalo seco. 
e) Ela chorou um choro de alegria. 

6) Identifique as figuras de linguagem que ocorrem nas frases a seguir:
a) “O mito é o nada que é tudo…”
b) Fitei-a longamente, fixando meu olhar na menina dos olhos dela. 
c) O povo estourava de rir. 

7) Identifique as figuras de linguagem marcando:
(1) Metáfora
(2) Metonímia
(3) Catacrese
(4) Comparação
(5) Prosopopéia
a) Gosto de ouvir Titãs.
b)A doçura do teu olhar é minha vida.
c) O rio engasgou num barraco.
d) Usarei no tempero um dente de alho.
e) Você é venenosa como uma cobra.
ITA – Leia o trecho abaixo e responda:
É terminantemente proibido animais circulando nas áreas comuns a todos, principalmente para fazerem suas necessidades fisiológicas no jardim do condomínio, onde pode por em risco a saúde das crianças que alí brincam descalças.
            (Extraído de um RELATÓRIO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS da administração de um prédio.)
8) Assinale a opção que apresenta as figuras de linguagem presentes no texto:
a) Pleonasmo e eufemismo.
b) Metonímia e eufemismo.
c) Pleonasmo e polissíndeto.
d) Pleonasmo e metonímia.
e) Eufemismo e polissíndeto.
PUC – Leia o trecho abaixo e responda:
MAR PORTUGUÊS (Fernando Pessoa)
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
9) No 1°  verso do poema, há a interpelação direta a um ser inanimado a quem são atribuídos traços humanos. Assinale a alternativa que designe adequadamente as figuras de linguagem que expressam esses conceitos.
a) Metáfora e prosopopéia.
b) Metonímia e apóstrofe.
c) Apóstrofe e prosopopéia.
d) Redundância e metáfora.
e) Redundância e prosopopéia.
Considere os seguintes trechos de “A Hora da Estrela”:
Embora a moça anônima da história seja tão antiga que podia ser uma figura bíblica. Ela era subterrânea e nunca tinha tido floração. Minto: ela era capim.
Se a moça soubesse que minha alegria também vem de minha mais profunda tristeza e que a tristeza era uma alegria falhada. Sim, ela era alegrezinha dentro de sua neurose. Neurose de guerra.
10) Neles predominam, respectivamente, as seguintes figuras de linguagem:
a) inversão e hipérbole.
b) pleonasmo e oxímoro.
c) metáfora e antítese.
d) metonímia e metáfora.
e) eufemismo e antítese.
PUC - Quanto ao sentido figurado no texto, considere as três figuras abaixo relacionadas, cada uma identificada por uma de suas características mais genéricas:
I- eufemismo: suavização de uma palavra ou expressão;
II- metonímia: a parte pelo todo;
III- personificação: atribuição de vida, ação, movimento e voz a coisas inanimadas.
A seguir, observe os exemplos e os relacione com as figuras de linguagem:
(    ) “A bossa nova ficou mais triste.”
(    ) “Baden Powell deixou o mundo em saudade.”
(    ) “Powell tinha a arte na ponta dos dedos.”
11) A seqüência correta é:

a) III, I, II.
b) II, III, I.
c) III, II, I.
d) II, I, III.
e) I, III, II.
ITA – Leia o poema abaixo de Cecília Meireles:
Canção
Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
- depois, abri o mar com as mãos
para o meu sonho naufragar
Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas
e a cor que escorre dos meus dedos
colore as areias desertas.
O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio…
Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.
Depois, tudo estará perfeito;
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas
Neste poema, há algumas figuras de linguagem. Abaixo, você tem, de um lado, os versos e, do outro, o nome de uma dessas figuras. Observe:
I. “Minhas mãos ainda estão molhadas / do azul das ondas entreabertas” ……………….. sinestesia
II. “e a cor que escorre dos meus dedos” …..metonímia
III. “o vento vem vindo de longe” …. aliteração
IV. “a noite se curva de frio” ………… personificação
V. “e o meu navio chegue ao fundo / e o meu sonho desapareça” …….. polissíndeto
12) Considerando-se a relação verso/figura de linguagem, pode-se afirmar que
a) apenas I, II e III estão corretas.
b) apenas I, III e IV estão corretas.
c) apenas II está incorreta.
d) apenas I, IV e V estão corretas.
e) todas estão corretas.

ENEM – 2004


13) Nesta tirinha, a personagem faz referência a uma das mais conhecidas figuras de linguagem para
a) condenar a prática de exercícios físicos.
b) valorizar aspectos da vida moderna.
c) desestimular o uso das bicicletas.
d) caracterizar o diálogo entre gerações.
e) criticar a falta de perspectiva do pai.


FGV 2007 – Leia o fragmento abaixo e responda:
Pastora de nuvens, fui posta a serviço por uma campina tão desamparada que não principia nem também termina, e onde nunca é noite e nunca madrugada.
(Pastores da terra, vós tendes sossego, que olhais para o sol e encontrais direção. Sabeis quando é tarde, sabeis quando é cedo. Eu, não.)
Esse trecho faz parte de um poema de Cecília Meireles, intitulado “Destino”, uma espécie de profissão de fé da autora.
14) Considerando-se as figuras de linguagem utilizadas no texto, pode-se dizer que
a) as duas estrofes são uma metáfora de um pleno sentimento de paz.
b) o texto revela a antítese entre dois universos de atuação, com diferentes implicações.
c) há, nos versos, comparação entre atividades agrícolas e outras, voltadas à pecuária.
d) o verso “Sabeis quando é tarde, sabeis quando é cedo.” contém uma hipérbole.
e) as estrofes apresentam, em sentido figurado, a defesa da preservação das ocupações voltadas ao campo.
PUC 2007 – Leia o fragmento abaixo de Iracema e responda:
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado (…) Cedendo à meiga pressão, a virgem reclinou-se ao peito do guerreiro, e ficou ali trêmula e palpitante como a tímida perdiz (…) A fronte reclinara, e a flor do sorriso expandia-se como o nenúfar ao beijo do sol (…). Em torno carpe a natureza o dia que expira. Soluça a onda trépida e lacrimosa; geme a brisa na folhagem; o mesmo silêncio anela de opresso. (…) A tarde é a tristeza do sol. Os dias de Iracema vão ser longas tardes sem manhã, até que venha para ela a grande noite.
15) Os fragmentos anteriores constroem-se estilisticamente com figuras de linguagem, caracterizadoras do estilo poético de Alencar. Apresentam eles, dominantemente, as seguintes figuras:
a) comparações e antíteses.
b) antíteses e inversões.
c) pleonasmos e hipérboles.
d) metonímias e prosopopéias.
e) comparações e metáforas.

PUC 2007 – A propósito da passagem:
“Tanto que, na sua bebedeira auricular só conseguem entender as frases repetitivas da música pop. E, se esta nossa ‘civilização’ não arrebentar, acabamos um dia perdendo a fala – para que falar? Para que pensar? – ficaremos apenas no batuque: ‘Tan! tan!tan! tan! tan!’”
16) Nesse fragmento, Mario Quintana faz uso de figuras de linguagem. Indique duas.
a) Metáfora e sinestesia.
17) De que maneira a utilização dessas figuras contribui para estruturar a argumentação do autor sobre o tema?
18) Utilizando-se da metáfora, Mário Quintana compara o estado de quem se acha perturbado, zonzo, atordoado, por causa do barulho, com o estado de bebedeira de alguém que, nesta situação, também se mostra tonto, confuso, transtornado. Já a ironia destaca-se, por exemplo, quando o autor coloca a palavra civilização entre aspas para revelar que o homem, ao se acostumar com o barulho, perde a fala, o poder de pensar, o que o afasta da comunicação e, conseqüentemente, de uma vida civilizada. As perguntas e a exploração da onomatopéia – “Tan! tan! tan!tan! tan!” – também se apresentam como recursos reveladores da ironia
GABARITO:
1-a
2-b
3-a
4-d
5-a:pleonasmo
b:sinestesia
c:prosopopéia
d:sinestesia
e:pleonasmo
6-a:paradoxo e antítese
b:catacrese
c:hipérbole
7-2
1
5
3
4
8-a
9-c
10-c
11-a
12-e
13-e
14-b
15-e

Subordinativas



As conjunções subordinativas ligam uma oração de nível sintático inferior (oração subordinada) a uma de nível sintático superior (oração principal). Uma vez que uma oração é um membro sintático de outra, esta oração pode exercer funções diversas, correspondendo um tipo específico de conjunção para cada uma delas. Um período formado por conjunções subordinadas que não contém as tais conjunções é chamado de: oração principal.

Integrantes

que, se.
Introduzem uma oração (chamada de substantiva) que pode funcionar como sujeito, objeto direto, predicativo, aposto, agente da passiva, objeto indireto, complemento nominal (nos três últimos casos pode haver uma preposição anteposta a conjunção) de outra oração. As conjunções subordinativas integrantes são que e se.
Quando o verbo exprime uma certeza, usa-se que; quando não, usa-se "se".
Afirmo que sou inteligente.
Não sei se existe ou se dói.
Espero que você não demore.
Observação: Uma forma de identificar o se e o que como conjunções integrantes é substituí-los por "isso", "isto" ou "aquilo".
Exemplo:
Afirmo que sou inteligente. (Afirmo isto.)
Não sei se existe ou se dói. (Não sei isto.)
Espero que você não demore. (Espero isto.)
As adverbiais podem ser classificadas de acordo com o valor semântico que possuem.

Causal

porque, pois, porquanto, como, pois que, por isso que, já que, uma vez que, visto que, visto como, que, entre outros.
Inicia uma oração subordinada denotadora de causa.
Dona Luísa foi para lá pois estava doente
.
Como o calor estava forte, pusemo-nos a andar pelo Passeio Público.
Como o frio era grande, aproximou-se da lareira.

Comparativa

que, (mais/menos/maior/menor/melhor/pior) do que, (tal) qual, (tanto) quanto, como, assim como, bem como, como se, que nem (dependendo da frase, pode expressar semelhança ou grau de superioridade), etc.
Iniciam uma oração que contém o segundo membro de uma comparação.
Indica comparação entre dois membros.
Era mais alta do que baixa.
Nesse instante, Pedro se levantou como se tivesse levado uma chicotada.
O menino está tão confuso quanto o irmão.
O bigode do seu Leocádio era amarelo, espesso e arrepiado que nem vassoura usada.

Concessiva

embora, muito embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, bem que, se bem que, apesar de que, nem que,em que, que,e, a despeito de, não obstante etc.
Inicia uma oração subordinada em que se admite um fato contrário à ação proposta pela oração principal, mas incapaz de impedi-la.
Pouco demorei, conquanto muitos fossem os agrados.
É todo graça, embora as pernas não ajudem..

Condicional

se, caso, quando, contanto que, salvo se, sem que, dado que, desde que, a menos que, a não ser que, etc.
Iniciam uma oração subordinada em que se indica uma hipótese ou uma condição necessária para que seja realizado ou não o fato principal.
Seria mais poeta,a menos que fosse político.
Caso estivesse por perto, nada disso teria acontecido.

Conformativa

conforme, como, segundo, consoante etc.
Inicia uma oração subordinada em que se exprime a conformidade de um pensamento com o da oração principal.
Cristo nasceu para todos, cada qual como o merece.
Tal foi a conclusão de Aires, segundo se lê no Memorial. (Machado de Assis)

Consecutiva

que (combinada com uma das palavras tal, tanto, tão ou tamanho, presentes ou latentes na oração anterior), de forma que, de maneira que, de modo que, de sorte que
Iniciam uma oração na qual se indica a consequência.
Soube que tivera uma emoção tão grande que Deus quase a levou.
Falou tanto na reunião que ficou rouco
Tamanho o labor que sentiu sede
Era tal a vitória que transbordou lágrimas de emoção
As palavras são todas de tal modo ou tamanho

Final

para que, a fim de que, porque [para que], que
Iniciam uma oração subordinada que indica a finalidade,o objetivo da oração principal
Aqui vai o livro para que o leia.
Fiz-lhe sinal que se calasse.
Chegue mais cedo a fim de que possamos conversar.

Proporcional

à medida que, ao passo que, à proporção que, enquanto, quanto mais … (mais), quanto mais (tanto mais), quanto mais … (menos), quanto mais … (tanto menos), quanto menos … (menos), quanto menos … (tanto menos), quanto menos … (mais), quanto menos … (tanto mais)
Iniciam uma oração subordinada em que se menciona um fato realizado ou para realizar-se simultaneamente com o da oração principal.
Ao passo que nos elevávamos, elevava-se igualmente o dia nos ares.
Tudo isso vou escrevendo enquanto entramos no Ano Novo.
O preço do leite aumenta à proporção que esse alimento falta no mercado.

Temporal

quando, antes que, depois que, até que, logo que, sempre que, assim que, desde que, enquanto, todas as vezes que, cada vez que, apenas, mal, que [= desde que], etc.
Iniciam uma oração subordinada indicadora de circunstância de tempo
Custas a vir e, quando vens, não demora.
Implicou comigo assim que me viu;

Figuras de Pensamento

As figuras de pensamento são recursos de linguagem que se referem ao significado das palavras, ao seu aspecto semântico.
São figuras de pensamento:
Antítese:
Ocorre antítese quando há aproximação de palavras ou expressões de sentidos opostos.
Exemplo: "Amigos ou inimigos estão, amiúde, em posições trocadas. Uns nos querem mal, e fazem-nos bem. Outros nos almejam o bem, e nos trazem o mal." (Rui Barbosa).
Apóstrofe:
Ocorre apóstrofe quando há invocação de uma pessoa ou algo, real ou imaginário, que pode estar presente ou ausente. Corresponde ao vocativo na análise sintática e é utilizada para dar ênfase à expressão.
Exemplo: "Deus! ó Deus! onde estás, que não respondes?" (Castro Alves).
Paradoxo:
Ocorre paradoxo não apenas na aproximação de palavras de sentido oposto, mas também na de idéias que se contradizem referindo-se ao mesmo termo. É uma verdade enunciada com aparência de mentira. Oxímoro (ou oximoron) é outra designação para paradoxo.
Exemplo: "Amor é fogo que arde sem se ver; / É ferida que dói e não se sente; / É um contentamento descontente; / É dor que desatina sem doer;" (Camões)
Eufemismo:
Ocorre eufemismo quando uma palavra ou expressão é empregada para atenuar uma verdade tida como penosa, desagradável ou chocante.
Exemplo: "E pela paz derradeira (morte) que enfim vai nos redimir Deus lhe pague". (Chico Buarque).
Gradação:
Ocorre gradação quando há uma seqüência de palavras que intensificam uma mesma idéia.
Exemplo: "Aqui... além... mais longe por onde eu movo o passo." (Castro Alves).
Hipérbole:
Ocorre hipérbole quando há exagero de uma idéia, a fim de proporcionar uma imagem emocionante e de impacto.
Exemplo: "Rios te correrão dos olhos, se chorares!" (Olavo Bilac).
(Antífrase)Ironia:
Ocorre ironia quando, pelo contexto, pela entonação, pela contradição de termos, sugere-se o contrário do que as palavras ou orações parecem exprimir. A intenção é depreciativa ou sarcástica.
Exemplo: "Moça linda, bem tratada, / três séculos de família, / burra como uma porta: / um amor." (Mário de Andrade).
Prosopopéia:
Ocorre prosopopéia (ou animização ou personificação) quando se atribui movimento, ação, fala, sentimento, enfim, caracteres próprios de seres animados a seres inanimados ou imaginários.
Também a atribuição de características humanas a seres animados constitui prosopopéia o que é comum nas fábulas e nos apólogos, como este exemplo de Mário de Quintana: "O peixinho (...) silencioso e levemente melancólico..."
Exemplos: "... os rios vão carregando as queixas do caminho." (Raul Bopp)
Um frio inteligente (...) percorria o jardim..." (Clarice Lispector)
Perífrase:
Ocorre perífrase quando se cria um torneio de palavras para expressar algum objeto, acidente geográfico ou situação que não se quer nomear.
Exemplo: "Cidade maravilhosa / Cheia de encantos mil / Cidade maravilhosa / Coração do meu Brasil." (André Filho).
Símile:
É uma comparação explícita entre duas ideias.
Exemplo:
A vida é vã como a sobra que passa.
Litote:
Afirmação de algo pela negação de seu contrário.
Exemplo:
O lutador não era fraco,não e de bobo não tinha nada.
Enálage:
Uso de um tempo verbal em lugar de outro.
Exemplo:
Davi eu fora se Micol tu foras,
Vibrando na harpa do profeta o canto.
Preterição:
Afirmação de algo,quando se finge não estar afirmando.
Exemplo:
Não direi que assisti às alvoradas do Romantismo,nao direi q também eu fui fazer poesia do regaço na Itália.
Sinenestia:
Mistura de sensações percebidas pelos diferentes sentidos humanos(visão,tato,paladar,audição e olfato)
Exemplo:
"Gela o som,gela a cor."
                                                                                                                                             (Cruz e Souza)

Figuras de Palavras

As figuras de palavra consistem no emprego de um termo com sentido diferente daquele convencionalmente empregado, a fim de se conseguir um efeito mais expressivo na comunicação.
São figuras de palavras:
Comparação:
Ocorre comparação quando se estabelece aproximação entre dois elementos que se identificam, ligados por conectivos comparativos explícitos - feito, assim como, tal, como, tal qual, tal como, qual, que nem - e alguns verbos - parecer, assemelhar-se e outros.
Exemplos: "Amou daquela vez como se fosse máquina. / Beijou sua mulher como se fosse lógico." (Chico Buarque);
"As solteironas, os longos vestidos negros fechados no pescoço, negros xales nos ombros, pareciam aves noturnas paradas..." (Jorge Amado).
Metáfora:
Ocorre metáfora quando um termo substitui outro através de uma relação de semelhança resultante da subjetividade de quem a cria. A metáfora também pode ser entendida como uma comparação abreviada, em que o conectivo não está expresso, mas subentendido.
Exemplo: "Supondo o espírito humano uma vasta concha, o meu fim, Sr. Soares, é ver se posso extrair pérolas, que é a razão." (Machado de Assis).
Metonímia:
Ocorre metonímia quando há substituição de uma palavra por outra, havendo entre ambas algum grau de semelhança, relação, proximidade de sentido ou implicação mútua. Tal substituição fundamenta-se numa relação objetiva, real, realizando-se de inúmeros modos:
- o continente pelo conteúdo e vice-versa: Antes de sair, tomamos um cálice (o conteúdo de um cálice) de licor.
- a causa pelo efeito e vice-versa: "E assim o operário ia / Com suor e com cimento (com trabalho) / Erguendo uma casa aqui / Adiante um apartamento." (Vinicius de Moraes).
- o lugar de origem ou de produção pelo produto: Comprei uma garrafa do legítimo porto (o vinho da cidade do Porto).
- o autor pela obra: Ela parecia ler Jorge Amado (a obra de Jorge Amado).
- o abstrato pelo concreto e vice-versa: Não devemos contar com o seu coração (sentimento, sensibilidade).
- o símbolo pela coisa simbolizada: A coroa (o poder) foi disputada pelos revolucionários.
- a matéria pelo produto e vice-versa: Lento, o bronze (o sino) soa.
- o inventor pelo invento: Edson (a energia elétrica) ilumina o mundo.
- a coisa pelo lugar: Vou à Prefeitura (ao edifício da Prefeitura).
- o instrumento pela pessoa que o utiliza: Ele é um bom garfo (guloso, glutão).
Sinédoque:
Ocorre sinédoque quando há substituição de um termo por outro, havendo ampliação ou redução do sentido usual da palavra numa relação quantitativa. Encontramos sinédoque nos seguintes casos:
- o todo pela parte e vice-versa: "A cidade inteira (o povo) viu assombrada, de queixo caído, o pistoleiro sumir de ladrão, fugindo nos cascos (parte das patas) de seu cavalo." (J. Cândido de Carvalho)
- o singular pelo plural e vice-versa: O paulista (todos os paulistas) é tímido; o carioca (todos os cariocas), atrevido.
- o indivíduo pela espécie (nome próprio pelo nome comum): Para os artistas ele foi um mecenas (protetor).
Catacrese:
A catacrese é um tipo de especial de metáfora, "é uma espécie de metáfora desgastada, em que já não se sente nenhum vestígio de inovação, de criação individual e pitoresca. É a metáfora tornada hábito lingüístico, já fora do âmbito estilístico." (Othon M. Garcia).
São exemplos de catacrese: folhas de livro / pele de tomate / dente de alho / montar em burro / céu da boca / cabeça de prego / mão de direção / ventre da terra / asa da xícara / sacar dinheiro no banco.
Sinestesia:
A sinestesia consiste na fusão de sensações diferentes numa mesma expressão. Essas sensações podem ser físicas (gustação, audição, visão, olfato e tato) ou psicológicas (subjetivas).
Exemplo: "A minha primeira recordação é um muro velho, no quintal de uma casa indefinível. Tinha várias feridas no reboco e veludo de musgo. Milagrosa aquela mancha verde [sensação visual] e úmida, macia [sensações táteis], quase irreal." (Augusto Meyer)
Antonomásia:
Ocorre antonomásia quando designamos uma pessoa por uma qualidade, característica ou fato que a distingue.
Na linguagem coloquial, antonomásia é o mesmo que apelido, alcunha ou cognome, cuja origem é um aposto (descritivo, especificativo etc.) do nome próprio.
Exemplos: "E ao rabi simples (Cristo), que a igualdade prega, / Rasga e enlameia a túnica inconsútil; (Raimundo Correia). / Pelé (= Edson Arantes do Nascimento) / O Cisne de Mântua (= Virgílio) / O poeta dos escravos (= Castro Alves) / O Dante Negro (= Cruz e Souza) / O Corso (= Napoleão)
Alegoria:
A alegoria é uma acumulação de metáforas referindo-se ao mesmo objeto; é uma figura poética que consiste em expressar uma situação global por meio de outra que a evoque e intensifique o seu significado. Na alegoria, todas as palavras estão transladadas para um plano que não lhes é comum e oferecem dois sentidos completos e perfeitos - um referencial e outro metafórico.
Exemplo: "A vida é uma ópera, é uma grande ópera. O tenor e o barítono lutam pelo soprano, em presença do baixo e dos comprimários, quando não são o soprano e o contralto que lutam pelo tenor, em presença do mesmo baixo e dos mesmos comprimários. Há coros numerosos, muitos bailados, e a orquestra é excelente..." (Machado de Assis).

Figuras de Som

Chamam-se figuras de som os efeitos produzidos na linguagem quando há repetição de sons ou, ainda, quando se procura "imitar" sons produzidos por coisas ou seres.
As figuras de som são:
Aliteração:
Ocorre aliteração quando há repetição da mesma consoante ou de consoantes similares, geralmente em posição inicial da palavra.
Exemplo: "Toda gente homenageia Januária na janela." (Chico Buarque).
Assonância:
Ocorre assonância quando há repetição da mesma vogal ao longo de um verso ou poema.
Exemplo: "Sou Ana, da cama / da cana, fulana, bacana / Sou Ana de Amsterdam." (Chico Buarque).
Paronomásia:
Ocorre paronomásia quando há reprodução de sons semelhantes em palavras de significados diferentes.
Exemplo: "Berro pelo aterro pelo desterro / berro por seu berro pelo seu erro / quero que você ganhe que você me apanhe / sou o seu bezerro gritando mamãe." (Caetano Veloso).
Onomatopéia:
Ocorre quando uma palavra ou conjunto de palavras imita um ruído ou som.
Exemplo: "O silêncio fresco despenca das árvores. / Veio de longe, das planícies altas, / Dos cerrados onde o guaxe passe rápido... / Vvvvvvvv... passou." (Mário de Andrade).
"Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r-r eterno." (Fernando Pessoa).
Paralelismo:
Ocorre quando a repetição de palavras ou estruturas sintáticas maiores(frases,orações,sintagmas etc.)de forma igual ou parecida que se correspondem quanto ao som,com sentido igual os às vezes alterado.
Exemplo:
Começou a circular o expresso 2-2-2-2
que parte direto de Bonsucesso
pra depois.
Começou a circular o expresso 2-2-2-2
da Central do Brasil
que parte direto de Bonsucesso
pra depois do ano 2000.
                                                                                                    (Gilberto Gil)
O amor bate à porta
e tudo é festa.
O amor bate a porta
e nada resta.
                                                                                                    (Cineas Santos)

5 de nov. de 2011

Matemática

-Conjuntos Numéricos

Portugues

-Conjunções
-Denotação e Conotação
-Discurso direto,indireto e indireto livre
-Figuras de Palavras
-Figuras de Pensamento
-Figuras de Som
-Variações Linguísticas
-Vícios de Linguagem

Denotação e Conotação

Denotação e Conotação
A significação das palavras não é fixa, nem estática. Por meio da imaginação criadora do homem, as palavras podem ter seu significado ampliado, deixando de representar apenas a ideia original (básica e objetiva). Assim, frequentemente remetem-nos a novos conceitos por meio de associações, dependendo de sua colocação numa determinada frase. Observe os seguintes exemplos:
A menina está com a cara toda pintada.
Aquele cara parece suspeito.
No primeiro exemplo, a palavra cara significa "rosto", a parte que antecede a cabeça, conforme consta nos dicionários. Já no segundo exemplo, a mesma palavra cara teve seu significado ampliado e, por uma série de associações, entendemos que nesse caso significa "pessoa", "sujeito", "indivíduo".
Algumas vezes, uma mesma frase pode apresentar duas (ou mais) possibilidades de interpretação. Veja:
Marcos quebrou a cara.
Em seu sentido literal, impessoal, frio, entendemos que Marcos, por algum acidente, fraturou o rosto. Entretanto, podemos entender a mesma frase num sentido figurado, como "Marcos não se deu bem", tentou realizar alguma coisa e não conseguiu.
Pelos exemplos acima, percebe-se que uma mesma palavra pode apresentar mais de um significado, ocorrendo, basicamente, duas possibilidades:
a) No primeiro exemplo, a palavra apresenta seu sentido original, impessoal, sem considerar o contexto, tal como aparece no dicionário. Nesse caso, prevalece o sentido denotativo - ou denotação - do signo linguístico.
b) No segundo exemplo, a palavra aparece com outro significado, passível de interpretações diferentes, dependendo do contexto em que for empregada. Nesse caso, prevalece o sentido conotativo - ou conotação do signo linguístico.
Obs.: a linguagem poética faz bastante uso do sentido conotativo das palavras, num trabalho contínuo de criar ou modificar o significado. Na linguagem cotidiana também é comum  a exploração do sentido conotativo, como consequência da nossa forte carga de afetividade e expressividade.

Conjunções

-Coordenativas
-Subordinativas

Conjunções Coordenativas


Coordenativas

As conjunções coordenativas são conhecidas por:


Aditivas

Indicam uma relação de adição à frase.São elas: enemmas tambémcomo tambémalém de (disso, disto, aquilo)quanto(depois de tanto), bem como e etc.
Ex: Comi e fiquei satisfeita.

Ex2: Todos aqui estão contentes e despreocupados.

Ex3: João acordou e mutilou todos os seus inimigos.


Adversativas

Indicam uma relação de oposição bem como de contraste ou compensação entre as unidades ligadas. Também pode gerar um sentido de consequência a algo dito anteriormente. São elas: masporémtodaviaentretantono entantosenãonão obstante,contudo, etc. Antes dos nexos adversativos a vírgula é obrigatória.
Ex: O carro bateu, mas ninguém se feriu.


Alternativas ou disjuntivas

Como o seu nome indica, expressam uma relação de alternância, seja por incompatibilidade dos termos ligados ou por equivalência dos mesmos. São elas: ou...ououora...orajá...jáquer...quer, etc.
Ex.: Ou ela, ou eu.


Explicativas

Expressam a relação de explicação, razão ou motivo. São elas: queporqueporquantopois (anteposta ao verbo).
Ex: Ele não entra porque está sem tempo.


Conclusivas

Indicam relação de conclusão. São elas: pois (posposta ao verbo), logoportantoentãopor issopor conseguintepor isto,assim, etc.
Ex: Ele bebeu bem mais do que poderia; logo, ficou embriagado.